
Redesignados Sexuais
A cirurgia de readequação sexual promove alteração anatômica devido à desinserção da musculatura superficial do assoalho pélvico, podendo comprometer sua funcionalidade.
Gostaria de compartilhar com vocês um tema muito importante e sensível: a fisioterapia pélvica no contexto da redefinição sexual.
É fundamental entender como essa prática pode ser um suporte essencial tanto antes quanto após o processo cirúrgico.
Para contextualizar, a redefinição sexual é um passo corajoso e crucial na jornada de muitos indivíduos LGBTQIAP+. No entanto, é também um momento que pode envolver desafios físicos e emocionais. É aqui que a fisioterapia pélvica entra em cena, oferecendo um suporte fundamental.
Antes da cirurgia, a fisioterapia pélvica pode desempenhar um papel vital na preparação do corpo, ajudando a fortalecer a musculatura, proporcionando maior conforto e promovendo a consciência corporal. Isso contribui para um processo cirúrgico mais suave e uma recuperação mais rápida e eficaz.
Após a cirurgia, a fisioterapia pélvica desempenha um papel igualmente importante na recuperação e adaptação. Ela auxilia na reabilitação, promove a cicatrização saudável e ajuda a restabelecer a função e o conforto pélvico.
Além disso, é fundamental destacar que o nosso consultório é um espaço caloroso e acolhedor para todos, especialmente para a comunidade LGBTQIAP+. Valorizamos a diversidade e respeitamos a singularidade de cada indivíduo.
Aqui, você encontrará um ambiente seguro, livre de julgamentos, onde a sua jornada é tratada com o respeito e a atenção que merece. Estou aqui para apoiá-los em cada passo dessa jornada. Se tiverem dúvidas ou quiserem compartilhar suas experiências, fiquem à vontade para enviar uma mensagem ou agendar uma consulta.
Alterações e complicações
A Cirurgia de redesignação sexual pode apresentar grandes problemas em relação ao assoalho pélvico (AP), devido ao fato de várias estruturas importantes do assoalho pélvico serem submetidas a retalhações para que se encaixem “perfeitamente”. Entre as complicações relacionadas a Cirurgia de redesignação sexual vão desde o ato cirúrgico até o pós operatório seja de forma imediata ou tardia.
Dentre elas destacam-se:
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estenose vaginal
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estenose uretral
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prolapso vaginal
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perfuração da parede vaginal
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dor genital e sexual
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fraqueza da parede vagina
O papel da fisioterapia dá-se através de técnicas direcionadas ao tratamento das disfunções do assoalho pélvico, pode-se criar propostas terapêuticas com o objetivo de adequação da musculatura pélvica à sua nova inserção e a nova função; orientações e exercícios para manutenção do canal vaginal, ressensibilização e adequação sensorial, promover o incremento funcional desta nova inserção muscular ou visando minimizar as queixas relacionadas às consequências do pós-operatório.